Eu, um invejoso
No futebol, sempre achei que seríamos engolidos pelos paulistas e cariocas. Minhas teses tem uma peculiaridade: elas vão e vem, têm efeito bumerangue.

publicidade
Nelson Rodrigues abre assim uma das suas crônicas:
“Ninguém confessa virtudes e repito: a simples confissão de virtudes não interessa nem ao padre, nem ao psicanalista e nem ao médium, depois da morte.”
Padeço de três males: bairrismo, coitadismo e inveja.
No futebol, sempre achei que seríamos engolidos pelos paulistas e cariocas.
Minhas teses tem uma peculiaridade: elas vão e vem, têm efeito bumerangue.
Fossem definitivas e não poderia retornar ao assunto.
No final de semana, vi o Palmeiras ser campeão pela quarta vez na era dos pontos corridos. Alguém dirá que o título é virtual.
Neste caso trata-se do título virtual mais matemático da história.
Vi um Grêmio festivo pela confirmação virtual no G-4.
Percebi lágrimas de alegria contrastando pela tristeza da despedida do cometa Suárez.
Vi um Inter tomado pela alegria pelos 2 a 1 sobre o Corinthians.
Motivo: a confirmação de vaga na Sul-Americana.
Cometendo uma verdade exagerada diria que só o Íbis não vai para a Sula.
Nos últimos anos eu vinha sendo consumido pela inveja ora do Flamengo, ora do Palmeiras.
Galo e Fluminense entraram na lista.
O Flu campeão da Libertadores é a prova de que podemos mais.
Galo e Fluminense entraram na lista.
O Flu campeão da Libertadores é a prova de que podemos mais.