Foi bom, não durou

Foi bom, não durou

Por pouco, o Avenida não surpreendeu o Brasil

Carlos Corrêa / Interino

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O jogo já estava lá pela metade do segundo tempo e o Twitter oficial do Avenida publicou a seguinte mensagem: “Não estamos sabendo lidar com essa emoção”! De fato, ninguém estava. Ou melhor, quase ninguém, porque os jogadores do Avenida lidavam como ninguém com a situação, com uma tranquilidade que ninguém ousaria imaginar antes do apito inicial. Quem ligasse a TV naquele momento e visse o placar, acharia algo errado. “Como assim o Avenida está ganhando do Corinthians por 2 a 0, no Itaquerão”? Mas era isso mesmo. A equipe de Santa Cruz do Sul que havia ido a São Paulo ciente de qualquer coisa após eliminar o Guarani na semana passada era lucro, vergava o gigante Corinthians em seus domínios. Enquanto o sonho parecia possível, é provável que tenham sido os 40 minutos mais oníricos dos 75 anos de história do Avenida, numa loucura compartilhada por várias outras torcidas no Estado. Só que a missão era complicada demais. E o Corinthians descontou no final do primeiro tempo. E depois empatou. E num gol de chiripa, virou a três minutos do fim. Não deu, mas foi lindo enquanto pareceu que daria, Avenida. Como diria Nei Lisboa: “Foi bom, não durou”.


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