Futebol, paixão, educação, disciplina e cidadania!

Futebol, paixão, educação, disciplina e cidadania!

"O treinador Renato Portaluppi é um homem público, um líder, um educador..."

publicidade

Por Evandro Krebs

'Em 2018, quando Renato Portaluppi resolveu misturar a imagem institucional do Clube com suas preferências políticas pessoais manifestei minha crítica e indignação, entendendo à época que aquele fato poderia representar um retrocesso conceitual e cultural em se tratando de gestão de pessoas, hierarquia e princípios institucionais.
 
Insisti durante anos como sócio, conselheiro e dirigente para que o comando do clube e, em particular do futebol, fosse institucional e não terceirizado. Pois este modelo histórico e vencedor foi retomado recentemente com os presidentes Fábio Koff e Romildo Bolzan.
 
Dizem genericamente que toda a regra tem a sua exceção, mas a vida nos mostra que exceções não podem ser confundidas com privilégios e tampouco com imunidade, sob pena de se estabelecerem desigualdades, primeiro passo para o fracasso.
 
O treinador Renato Portaluppi é um homem público, um líder, um educador, um paradigma, e como tal tem seu papel, direitos, deveres e responsabilidades em seu universo de atuação. Poucas pessoas neste País recebem da sociedade um reconhecimento tão grande quanto Renato, que chega até ser idolatrado por entusiastas do futebol.
 
Quando Renato, que era para estar de quarentena, desrespeita os protocolos sanitários de prevenção à pandemia e vai à praia bater uma bolinha com os parça, enquanto seus atletas comandados encontram-se trabalhando de forma confinada, com distanciamento, usando máscaras e sendo permanentemente monitorados e testados contra o novo Coronavírus Covid-19, e em meio a uma tragédia social com mais de 50.000 pessoas mortas neste País e acima de 1 milhão de infectados, absolutamente está no seu direito constitucional de liberdade de circulação, pelo contrário, demonstra imaturidade e irresponsabilidade incompatíveis com o cidadão, com o homem público que é, com o cargo importante que ocupa e com a própria instituição para quem trabalha.
 
Estas atitudes são próprias de pessoas sem limites, sem freios, inconsequentes. Lamento muito, pois tenho grande admiração pelo atleta, ídolo e treinador Renato. Mas o cidadão Portaluppi está deixando a desejar.
 
Esta é a hora da atuação cirúrgica de quem comanda, restabelecendo a ordem sob pena de virar desordem."


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895