Grêmio, Inter e a bolha

Grêmio, Inter e a bolha

Volta e meia um clube grande entra em parafuso. Mas quebrar, não quebra.

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Vai tempo ouvi que o futebol tem regras próprias de mercado.
Como ouvi que um dia a bolha iria estourar.
Paulo Nunes foi o primeiro jogador a atuar no RS com salário acima de R$ 100 mil. Isto há mais de duas décadas.
Pouco depois, tal valor seria pulverizado pelo mesmo Grêmio com Astrada, Amato e Zinho, recebendo mais de 200 mil dólares/mês. 
Em 2006, a folha de pagamento dos jogadores do Grêmio girava em torno dos R$ 1,7 milhão.
Em 2011, batia nos R$ 6 milhões.
Em março atingiu R$ 14,6 milhões, um marco na história.
Em 2006, a folha do Inter era de cerca de R$ 3 milhões.
Cinco anos depois chegou aos R$ 7 milhões.
A média do primeiro trimestre deste ano é de R$ 13,4 milhões. 
E 2017 o Palmeiras já gastava R$ 15 milhões com o futebol.
Hoje tem a maior folha do país.
Endividado até o pescoço, o Cruzeiro não desembolsa menos de R$ 13 milhões mensais.
O Flamengo só fica atrás do Palmeiras nesta gastança toda.
O futebol segue com regras próprias e duvido que a bolha vá estourar.
Volta e meia um clube grande entra em parafuso. Mas quebrar, não quebra. 
Entre 2015 e 2019 entraram no Grêmio R$ 351 milhões (arredondando) com a venda de jogadores.
Isto, a transação de atletas, vem justificando o superávit anual. Não fosse tal receita, o clube teria um déficit de cerca de R$ 7 milhões/mês.
Grenalizando: no tempos de ouro, pós-2006, o Inter embolsou cerca de meio bilhão com vendas.
Se no tempo das vacas gordas o Inter faturou muito e não diminuiu sua dívida, a gestão Romildo baixou os valores do curto prazo de R$ 49 milhões em março de 2018 para R$ 90 mil e de R$ 12 milhões para R$ 9 milhões a dívida de longo prazo.
Quitou um valor significativo e que torna as finanças do clube administráveis.


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