Grêmio, Inter e o dinheiro novo

Tem dinheiro novo no futebol brasileiro.
Até os quero-queros de Uruguaiana sabem o desaguadouro, a conta bancária dos jogadores, empresários, intermediários, agentes…

As tais de Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) estão injetando uma grana pesada.
De time modesto financeiramente na hora de contratar, o Bahia virou gigante ao lado do grupo City, que pretende investir cerca de R$ 20 milhões.

Os clubes que ainda não tomaram seu quinhão das Ligas tomarão em breve. Se o dinheiro de sempre era vendaval nas mãos dos dirigentes de clubes, dinheiro novo será tsunami.
Doutor em direito, o advogado Rodrigo R. Monteiro de Castro escreve nesta semana para o site Migalhas artigo que leva como título “aspectos relevantes da recém-sancionada lei das Bets”.

“O mercado de apostas esportivas está a pleno vapor no Brasil, sendo as empresas envolvidas no mercado de apostas atualmente as maiores financiadoras do futebol nacional mediante patrocínios a clubes, emissoras de televisão e jogadores”.
É dinheiro novo.
E muito, muitíssimo dinheiro.

R$ 12 BILHÕES
A Mantis, antiga iSportistics, criou uma inteligência artificial que monitora jogos ao vivo e faz outros apontamentos interessantes. O mercado de apostas no Brasil movimentou R$ 12 bilhões. Desta dinheirama, R$ 3 bilhões foram para investimento em publicidade. São 19 clubes patrocinados.

CONTRATO MILIONÁRIO
Estima-se que o setor investiu R$ 3,5 bilhões em patrocínios no futebol em 2023. Deste valor, R$ 330 milhões foram para 19 dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro. Haverá mais grana em 2024. O Corinthians fechou contrato de três anos com um site de apostas. Valor total: R$ 360 milhões.

GRÊMIO E INTER
Inter e Grêmio recebem cerca de R$ 30 milhões cada dos sites de apostas. Nenhum é SAF, porém os dois estão em Ligas diferentes. O Inter recebeu da Liga Forte R$ 109 milhões em 2023 e em 2024 entrarão mais R$ 109 milhões. Estamos falando em quase R$ 150 milhões de dinheiro novo.