Grêmio: os números da crise financeira

Grêmio: os números da crise financeira

Na reunião do dia 28/08 o CEO teria admitido que o Grêmio não está pagando o “extrapote” para a Arena.

Hiltor Mombach

Arena do Grêmio, em Porto Alegre

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Na reunião do dia 28/08 o CEO teria admitido que o Grêmio não está pagando o “extrapote” para a Arena.
É o número de associados que ultrapassa os aproximadamente 38 mil sócios migrados do Olímpico. Acima disto o clube fica com 100% da arquibancada e do quarto anel. 
Já a Arena Porto Alegrense, leia-se OAS, com 50% do arrecadado nas mensalidades ouro e diamante; 85% sobre a modalidade gramado e 90% sobre a gold.

O valor não seria relevante, cerca de R$ 2 milhões. Lembrando que a OAS, que virou Metha, fica com toda a bilheteria, que este ano, vitaminada pelo fator Suárez e pela boa campanha no Brasileiro, já deixou brutos R$ 50 milhões.

Porém, é um sintoma na crise financeira. A gestão Romildo deixou um déficit de R$ 96,3 milhões. No primeiro semestre deste ano o déficit está em R$ 96,2 milhões. Em 18 meses o déficit é de R$ 192,5 milhões. Na arrancada, a gestão Guerra teve que se socorrer de um empréstimo de R$ 50 milhões para pagar dívidas antigas.
Outro sintoma é o atraso junto aos fornecedores que bateu nos R$ 18 milhões no acumulado até junho. 

O Grêmio tem pagamentos de curto prazo junto aos bancos no valor de R$ 27 milhões e de longo prazo de R$ 74 milhões, mais outros empréstimos que batem nos R$ 34 milhões. O clube não vem depositando o extrapote e estaria atrasando o pagamento dos fornecedores para manter em dia o salário dos jogadores.

A crise seria amenizada com a entrada do dinheiro da Libra. Mas esta grana não será contabilizada nesta temporada. A informação é de que o clube está por negociar o jogador Bitello. Não deve receber o pretendido, 10 milhões de euros. Os russos devem pagar 7,5 milhões de euros (R$ 40 milhões) com o Grêmio mantendo 20% do passe.


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