Inter, a cautela do escaldado

Inter, a cautela do escaldado

Lembro de 2008 e de uma frase cometida por um eufórico treinador, o Renato: “Deixa o Fluminense vencer a Libertadores que, depois, vamos brincar no Brasileiro disparou”.

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Cada época tem suas fatalidades. 
Algumas contagiam.
Lembro de 2008 e de uma frase cometida por um eufórico treinador, o Renato: 
“Deixa o Fluminense vencer a Libertadores que, depois, vamos brincar no Brasileiro disparou”.

Não me esqueci da sentença nem do seu resultado: o time carioca marchou na final diante dos equatorianos. Faltou ralo por onde pudesse desaguar a arrogância do hoje técnico do Grêmio.
Ah, não me esqueço de outras fatalidades! Do Inter sendo eliminado pelo desconhecido Globo, pelo modestíssimo América-MG, por um tal de Melgar ou desabando diante de um Caxias num Beira-Rio lotado e estupefato. No mata-mata, o time dó fazia morrer.

Dirá o leitor que os ventos são outros. 
No último mata-mata o Inter matou um poderoso River Plate.
Porém, assombrado pelo passado, transforma o Bolívar num Real Madrid mesmo depois de ter vencido em La Paz por 1 a 0. 

Ouvi Felipe Becker. Queria saber se o Inter preferia jogar a segunda partida da semifinal em casa ou fora: 
“Acho importante passar para a próxima fase. Acabou apenas o primeiro tempo". 
Cautela faz bem. Acho que o torcedor  gostou do discurso.


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