Inter "parou no acostamento"
"Não é mais possível trabalhar um clube esperando apenas a venda de atletas ou contando com uma conquista para fechar as contas"
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Saiu a "Análise Econômico-Financeira dos Clubes Brasileiros de Futebol".
Trata-se da 11ª Edição.
É sobre as Demonstrações Financeiras de 2019, o relatório anual do Itaú BBA sobre as finanças dos clubes brasileiros de futebol.
Seguem dados sobre o Inter.
O que deu certo
Crescimento de Receitas;
O que não funcionou
• Dependência da Venda de Atletas para gerar caixa;
• Crescimento de Custos;
• Investimentos acima da capacidade;
• Aumento de Dívida;
• Alavancagem acima do ideal;
Parece que as coisas não evoluem tão rapidamente como deveriam no Internacional.
A gestão que veio com ares de modernidade evolui em compliance e governança, mas ainda não tem resultados relevantes fora de campo.
Pior: não tem nem sinal deles.
Depois de um início de recuperação em 2018 o clube patinou em 2019.
Depende da venda de atletas para fechar as contas e da premiação da Copa do Brasil.
Ainda assim investiu e aumentou as dívidas.
No lugar de seguir adiante o Colorado parou no acostamento.
Talvez esperando alguém que indique o caminho correto.
O clube precisa encaixar um modelo mais eficiente de gestão, com controle efetivo de custos e menor dependência de receitas não-recorrentes ou variáveis.
Não é mais possível trabalhar um clube de futebol esperando apenas a venda de atletas ou contando com uma conquista para fechar as contas.
Aliás, elas chegam normalmente mais rápido que o dinheiro para pagá-las.
Com os desafios inerentes ao ano de 2020, o Internacional terá enormes dificuldades em sair desse círculo viciosa em que se meteu. Será mais um ano que estar parado no acostamento será lucro, pois a tendência é que siga e pegue o caminho contrário. E o retorno é bem distante.