Koff e a queda de Felipão

Koff e a queda de Felipão

"Acho que ele saiu desgostoso sim. Houve muita onda, fogo amigo"

Hiltor Mombach

Felipão mantêm mistério para o Gre-Nal

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Em 13 de agosto de 2017 o Correio do Povo publicou uma entrevista realizada por este blogueiro e por Carlos Corrêa com Fábio Koff.
Rendeu quatro páginas.
Numa parte, Koff fala sobre a saída de Felipão.
Felipão deve ser anunciado hoje como novo treinador..

 SAÍDA DE FELIPÃO EM 2015.
“A saída do Felipão coincidiu com a minha hospitalização. Porque antes fizeram uma manobra tentando desestruturá-lo. Começaram com aquele diz-que-diz. 
Então chamei uma reunião e avisei que enquanto estivesse aqui, o Felipão estava comigo. Aí veio aquele doença terrível, fiquei seis meses hospitalizado e o Felipão saiu naquela época. 
Acho que ele saiu desgostoso sim. Houve muita onda, fogo amigo. O Felipão é um treinador à moda antiga. Além de motivador, ele não se afastava de um sistema de treinamentos, de futebol que ele adotava. Esta questão moderna que existe, de fazer minitreinos, ele era contra. E vínhamos de um período do Enderson Moreira, que é um técnico moderno, tem cursos e tal e que adotava essas coisas. 
O Felipão uma vez me disse uma coisa muito simples:
 ‘Doutor Fábio, esta questão de 4-3-3, 4-1-4-1, esquece. Só há duas maneiras de jogar futebol: ou o senhor privilegia a bola ou a ocupação do espaço’. 
Quando ele veio a última vez, estive com ele em São Paulo e ele me falou: ‘O senhor lembra o que eu lhe disse? Não mudei de ideia, eu jogo por ocupação de espaço. Se tiver que fazer jogada longa, faço, se tiver que fazer curta, faço. Desde que o jogador tenha ocupado o espaço dele’. Está bem, todos temos um pouquinho de técnico, disse que depois ele visse o plantel que teria na mão para ver o que fazer. 
E ele tentou implantar este sistema no Grêmio. Não deu. E trouxe um único jogador que iria ter o toque de bola na meia que ele insistiu comigo, que era o Douglas. ‘Está ficando louco?’, perguntei. Ele insistiu: ‘Só quero esse’. E acertou.”


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