Liga, má gestão e mais

Liga, má gestão e mais

Pensei em começar esta coluna dizendo que os dirigentes de clubes de futebol são acomodados. Porém cometeria uma injustiça.

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Pensei em começar esta coluna dizendo que os dirigentes de clubes de futebol são acomodados. 
Porém cometeria uma injustiça. 
Alguns realizam alguma coisa nova.

Buscando uma forma de abrir este espaço encontrei uma frase do “Relatório Convocados” que tem, entre seus redatores, o prestigiado Cesar Grafietti, economista, especialista em gestão e finanças do esporte: 
“Receitas nas mãos do clubes são publicidade e bilheteria/sócio-torcedor.”

Tais receitas independem da gestão. 
Podem crescer ou diminuir conforme o desempenho dos gestores. 
Agora, com a possibilidade da criação da Liga, os clubes poderiam colocar a mão na massa e não depender de terceiros, de fundos de investimento.
 Acomodados, entregarão um negócio bilionário para terceiros que ficarão com 20%.

Os grandes clubes têm receitas fabulosas e quase todos passam o pires. Isto tem nome: má gestão. 
Quando a insolvência bate à porta recorrem aos políticos para aprovar pedaladas fiscais a perder de visa. 
Tão grave quanto isto são os eleitores que seguem votando em políticos coniventes com a inadimplência de clubes que pagam R$ 1,5 milhão por mês de salário para um jogador.

Ora, se um destes fundos abre a guaiaca pagando quase R$ 5 bilhões de luvas para entrar como parceiro, é sinal de que já sabe para quem vender que o Brasileiro, que o retorno será imediato e que o lucro será astronômico.
Fundado em julho de 1987 para defender os interesses políticos e comerciais das maiores agremiações do futebol nacional, o Clube dos 13 assumiu a responsabilidade pela organização do Brasileiro daquele ano. 

A partir de 1988, passou a ter como sua única finalidade a negociação dos direitos de transmissão.
Quando Koff assumiu a presidência dos Clube dos 13 a verba da TV era de R$ 10 milhões. Hoje, passa dos R$ 2 bilhões. 
Ele topou a entidade sozinho. 

É patético que os clubes precisem de bengala para administrar o futebol verde-amarelo.
liás, nesta quinta-feira completam-se oito meses da última partida do volante, quando atuou por 45 minutos na derrota para o Eintracht Frankfurt pelo Campeonato Alemão.


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