Mano a mano resultadista

Mano a mano resultadista

A avaliação, posição por posição, depois do Gre-Nal

Carlos Correa

Maurício saiu do Gre-Nal como o melhor em campo

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Carlos Corrêa / Interino

Antes de mais nada, só para avisar, caso você não tenha prestado atenção que não tem a fotinho aqui em cima da coluna: Hiltor Mombach está de férias. Vai que eu dê alguma opinião que você não goste e se irrite com o chefe. Não. Irrite-se comigo. Feito o alerta de interino, sigamos.

Vamos de oportunismo hoje. Como sempre, na semana anterior ao Gre-Nal, uma das coisas que mais gera polêmica é o mano a mano, quando se comparam os jogadores dos dois times, posição por posição. Em tese, não é nada mais do que uma brincadeira aproveitando um retrato do momento, mas tem gente que leva muito a sério e fica brabo. Geralmente o mesmo pessoal que regula o seu humor de acordo com os resultados de um time de futebol. Mas enfim, assim como os colegas aqui do Correio do Povo, fiz também o meu mano a mano antes do clássico. Tinha ficado assim: Marchesin; Bustos, Geromel, Kannemann e Renê; Villasanti, Aránguiz, Maurício e Alan Patrick; Wanderson e Valencia. Técnico: Renato Portaluppi. Dei uma pequena burlada no sistema, porque em tese era Villasanti ou Aránguiz. Mas como o colega João Paulo Fontoura já tinha burlado antes, o precedente estava aberto.

Pois bem, oportunista e resultadista que sou, vou refazer o meu mano-a-mano, agora baseado nas atuações do clássico do domingo. “Ah, depois do jogo é fácil”. Eu sei. De difícil bastam as contas.

Anthoni x Marchesín: Nenhum dos dois goleiros teve uma boa atuação. O critério então é quem falhou menos. E Anthoni falhou menos que o colega tricolor. Aliás, Caíque já merece outra chance.

Bustos x João Pedro: Não foi exatamente a posição de mais destaque. Como Bustos tem contra si uma falta dura no início e João Pedro pelo menos apareceu mais na frente, vamos de João Pedro.

Vitão x Rodrigo Ely: Era para ser Vitão x Geromel, mas o ídolo gremista nem jogou, o que nos leva para Vitão x Rodrigo Ely. O zagueiro colorado foi bem e teve participação até na jogada do pênalti em Alan Patrick. Deu Vitão.

Robert Renan x Kannemann: Robert Renan quase entregou a paçoca em um lance que acabou em um pênalti não marcado de Aránguiz em André. Mas Kannemann foi ainda pior. Passou o jogo inteiro cometendo faltas, umas marcadas pela arbitragem, outras não. Tanta falta fez que comprometeu o resultado. No final das contas, Robert Renan leva a melhor.

Renê x Reinaldo: Reinaldo e nem preciso explicar, certo?

Aránguiz x Villasanti: Aránguiz vinha sendo um dos melhores jogadores do Inter na temporada, mas no domingo esteve apagado. O Grêmio, por sua vez, segue com a marcação falha à frente da área, onde joga Villasanti. Mas o volante tricolor pelo menos foi decisivo até onde deu e, na comparação, a vantagem é clara para ele.

Bruno Henrique x Dodi: Talvez a decisão mais difícil de todas, porque não foi a tarde de nenhum deles. Vou exercer o meu direito de me abster. Aqui fica por conta de você, amigo leitor.

Maurício x Du Queiroz: Por incrível que pareça, havia quem discutisse a presença de Maurício no time titular do Inter. Imagina-se que o gol e a assistência tenham acabado com essa dúvida. Foi embora do Beira-Rio como o melhor em campo.

Alan Patrick x Pepê: Imaginava-se que fosse Alan Patrick x Cristaldo, Pavón ou quem quer que desse maior poder ofensivo ao Grêmio. Mas Renato optou por reforçar a marcação. Ainda assim, Alan Patrick foi mais uma vez decisivo, com uma assistência e um gol.

Wanderson x Gustavo Nunes: Wanderson talvez seja o melhor jogador do Inter em 2024, mas no domingo, a revelação tricolor fez um Gre-Nal melhor e mais perigoso. Veio para ficar.

Valencia x J.P. Galvão: Quando não foi agarrado por Kannemann, Valencia pelo menos ofereceu algum perigo. Era a chance de JP Galvão ganhar a torcida tricolor. A chance passou.


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