‘Mesmo com o VAR ainda pode haver erro’

‘Mesmo com o VAR ainda pode haver erro’

Pingue-pongue com o auditor do STJD, Decio Neuhaus

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O pleno do STJD agendou para terça-feira o julgamento do pedido de impugnação de partida solicitado pelo Botafogo. O relator do processo será o auditor Decio Neuhaus.
Botafogo e Palmeiras jogaram em 25/05 pela sexta rodada do Brasileiro. O juiz Paulo Roberto Junior deu amarelo para Deyverson, do Palmeiras, por simulação e determinou o reinício da partida.
O Botafogo alega que após a reposição da bola pelo goleiro Gatito, o árbitro interrompeu a partida para consultar o árbitro de vídeo e analisar as imagens da jogada anterior. Alertado pelo VAR, voltou atrás e marcou o pênalti a favor do Palmeiras. No pedido de impugnação, o Botafogo alega erro de direito. Pela regra a decisão do juiz não pode ser alterada após o reinício do jogo. O resultado não foi homologado pela CBF.
A decisão de terça-feira é importante. O Palmeiras lidera o Brasileiro com 22 pontos e, se o resultado for mantido, sobe para 25. Depois aparecem Santos (20), Flamengo (17) e Inter (16). Segue um pingue-pongue com o auditor Decio Neuhaus.
O STJD não teme, com o precedente deste caso, ter uma enxurrada de processos?
“O STJD só age quando provocado. No caso o Botafogo ingressou com impugnação de partida. Não significa que todos os processos devem ser aceitos.”
O que pode acontecer neste caso? O jogo pode ser remarcado. Pode recomeçar do zero do lance que originou o gol do Palmeiras...
“Falando em linhas gerais. Impugnação importa em realização de nova partida.”
Os clubes precisam de autorização do STJD para receberem áudios e vídeos do VAR? Isto é uma decisão do STJD ou da Fifa?
“Não conheço nenhuma norma sobre como requisitar imagens do VAR. O STJD pode requisitar para analisar uma questão. Agora se os clubes têm acesso ou não, desconheço estas relação. Os clubes é que aprovam o regulamento. Parece que continua a tendência dos clubes não lerem, não impugnarem o regulamento especifico das competições e depois ficam reclamando. A intenção do VAR é agir com mínima interferência e com o máximo do benefício. Por ser algo novo, é normal que possa haver problemas iniciais com esta tecnologia. 
O fato do Gaciba estar engajado no projeto aponta que a questão esta sendo tratada com seriedade e responsabilidade. Mas a palavra final continua sendo do árbitro e mesmo com o VAR ainda pode haver erro, pois muitos lances são de interpretação.”


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