Não somos melhores que ninguém no Mundial

Não somos melhores que ninguém no Mundial

Equipes Sul-Americanas não têm mais o favoritismo para chegar às decisões da competição

Carlos Corrêa / Interino

Flamengo foi eliminado pelo Al Hilal, da Arábia Saudita

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Carlos Corrêa / Interino

Acho que exagerei. Na coluna de ontem, ao falar sobre a derrota do Flamengo no Mundial de Clubes, me referi ao resultado como um “fiasco”. Mais tarde, no entanto, fui olhar os números e mudei um pouco de ideia. Desde que o Corinthians conquistou o título, em 2012, foram mais dez edições, contando a atual. Os europeus venceram todas, até aí zero novidade.

O que chama a atenção é que na metade das vezes, o representante sul-americano sequer foi à final: Atlético-MG (2013), Atlético Nacional (2016), River Plate (2018), Palmeiras (2020) e agora o Flamengo (2022). Quando algo passa a ser corriqueiro, talvez tenhamos que parar de tratar com toda essa surpresa e aceitar que é um novo normal. Talvez algumas eliminações não tenham acontecido apenas por “salto alto” ou “falta de entrega”, mas sim porque o outro lado foi melhor. Não é fácil, mas talvez tenha chegado a hora de admitirmos que os clubes sul-americanos não são tão melhores que os africanos, asiáticos e norte-americanos.


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