O futebol imita a vida

O futebol imita a vida

Cometendo uma verdade exagerada diria que o Grêmio garantiu nesta terça-feira, 20 de setembro, o seu retorno para a Série A

Hiltor Mombach

Grêmio venceu Sport por 3 a 0 nesta terça-feira

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Vai tempo disparei aqui várias perguntas: como Romildo Bolzan será lembrado? Pelo passado ou pelo presente?
Lembrei dos títulos da Libertadores, Copa do Brasil e da Recopa e do rebaixamento. 
Romildo será perpetuado pelo demérito e saqueado em seu mérito? 

Dormirá chumbado ao epíteto "o presidente que rebaixou o Grêmio", sepultando o restante de sua gestão? 
Nas redes sociais, transformadas em latrinas por uma minoria, verdadeiro esgoto deste mundo globalizado, Romildo será eternamente execrado, espinafrado, desrespeitado. Romildo é protagonista de uma tragédia digna de velório. 
Sim! Romildo é protagonista de façanhas que ficarão registradas na história do Grêmio? Sim! 

Do vencedor, poucos lembram. 
Do perdedor, ninguém esquece. Os sensatos, os equilibrados, os justos, os que compõem a imensa maioria, darão a Romildo o que é de Romildo: os títulos e a tragédia. 
Mas no mundo internético, esta maioria cala, é silenciosa. 
Sobre a minoria: esta late e uiva, ferozmente.

Cometendo uma verdade exagerada diria que o Grêmio garantiu nesta terça-feira, 20 de setembro, o seu retorno para a Série A. 
Os 3 a 0 diante do Sport definiram a volta, embora ainda não matemática. 
Não, amigos, não era confronto de Segundona. 
Antes, de Copa do Mundo.

A gestão Romildo colocou o time na Segundona. 
Não deixará tal herança ao seu sucessor. 
Sairá silencioso e convicto de que o futebol imita a vida. 
Na glória, os afagos; na tragédia, o abandono.


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