O Inter de Medeiros

O Inter de Medeiros

Medeiros entregará um Inter milhões de vezes melhor do que aquele que herdou.

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As gestões de futebol quase sempre estão engatadas. O que uma planta, a seguinte colhe. 
A gestão Guerreiro plantou uma crise histórica e Obino colheu tempestade. Com a tempestade veio o rebaixamento.
Entrou Odone, que seguiu apagando incêndios num tempo em que todos os dias despencava um esqueleto do armário
Duda Kroeff seguiu administrando a crise. Odone voltou para quitar os últimos condomínios de credores. Uma década depois, a conta estava paga. Com o Grêmio em frangalhos.
Koff herdou um clube em frangalhos, mas já administrável. Com Odone, Duda, Odone de novo e Koff o Grêmio não deu título.
Em maio de 2015 o time empatou em 3 a 3 na Arena diante da Ponte Preta pelo Brasileiro num resultado que culminaria com a saída de Felipão. O time: Marcelo Grohe; Galhardo (Matías), Geromel, Rhodolfo e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Giuliano, Lincoln (Everton) e Luan; Yuri Mamute.
Estava montada a base da equipe que, um ano depois, sob o comando de Renato, conquistaria a Copa do Brasil. Obviamente, nenhum crédito é dado a Koff. Afinal, as gestões só levam crédito quando deixam alguma taça importante na prateleira
Agora chego onde quero chegar, no Inter. Dias atrás cometi uma verdade ao dizer que a gestão Marcelo Medeiros se especializou em conquistar eliminações. Foram mais de dez.
A verdade só será completa se acrescentar que Marcelo Medeiros pegou um clube na Segundona, quebrado, visitando mais as páginas policiais do que futebolísticas, tendo que remontar a instituição financeiramente e em campo. 
Sua gestão devolveu ao clube credibilidade e voltou a fabricar ativos como Praxedes, Peglow, Zé Gabriel, Heitor...
Mais. O Inter entrou 2020 com déficit de R$ 3 milhões. Isto não é déficit. Quando poderia decolar, veio a pandemia. 
A verdade é esta: Medeiros entregará um Inter milhões de vezes melhor do que aquele que herdou.


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