O Inter protagonista

A lógica do futebol é que o futebol não tem lógica. 
Eis aqui uma frase definitiva. 
O milionário Flamengo é o melhor time verde-amarelo no momento. 
Não ganhou do Corinthians na final da Copa do Brasil. Foram dois empates. 
Levou a taça nos pênaltis. 
Na decisão da Libertadores, bateu o Furacão com as calças na mão por 1 a 0 jogando um futebol tico-tico. 
Marcou aos 48 minutos iniciais, quatro minutos depois de uma irresponsabilidade, de o zagueiro Pedro Henrique ter chamado a expulsão.
No Brasileirão, o Flamengo está atrás do Internacional. Nos confrontos diretos, a equipe gaúcha tem vantagem: 3 a 1 no Beira-Rio, um passeio, e 0 a 0 no Maracanã.
O também milionário Palmeiras não é matematicamente campeão do Brasileiro porque o Inter, segundo colocado, insiste em manter 1% de possibilidade de levar a taça.
Se o futebol tivesse lá alguma lógica eu poderia cometer aqui o atrevimento de afirmar convictamente que, mantendo o grupo atual e contratando quatro ou cinco jogadores de qualidade indiscutível, o Inter entrará 2023 como protagonista em todas as competições, concorrendo contra Flamengo e Palmeiras.
O amigo poderá me acusar de insanidade. 
Vejam: estou apenas seguindo a lógica do momento atual do futebol tupiniquim. 
A amiga poderá jogar na minha cara, com justificadas razões, que eu mesmo afirmei na abertura que lógica do futebol é que o futebol não tem lógica. 
Não tem lógica em campo. 
Fora dele, é permitido todo tipo de devaneio.
Se, assim, no condicional, se o Inter for mesmo protagonista na próxima temporada, o atual presidente, Barcellos, estará cumprindo, depois de uma montanha de desacertos, uma promessa de campanha feita por escrito e dirigida a este jornal:
“Seremos até o final de 2021 o clube mais moderno da América do Sul e, até 2023, estaremos entre os Top 3 de resultados de campo do Brasil, com equilíbrio econômico e financeiro.”