O Inter saiu da caverna

O Inter saiu da caverna

Seguindo o lume do passado tiraram o Inter da caverna onde o meteram por intermináveis 15 meses

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Vendo o primeiro tempo diante do Corinthians e do Independiente perguntei onde haviam escondido o Inter, em que caverna o meteram, quando o transformaram num ermitão.
Não se via nada parecido nos últimos 15 meses.
O Inter pós-Abel praticamente sumiu.
Nem espasmos teve com o estagiário Ramírez.
Vi lampejos com Aguirre e dez saaras de nada com Medina.
Colapsado, de futebol maltrapilho, desgraçado por aventuras e ânsias rupturistas, retoma agora alguma identidade com uma dupla para lá de ortodoxa, Mano e Autuori.
Na culinária, Mano e Autuori seriam o indispensável feijão com arroz.
Leitores e leitoras: este Inter é um milagre! Alguém dirá que este novíssimo Inter é um milagre.
Não.
Milagre é o resgate do Inter de antigamente.
O Inter dá sinais ainda tímidos do Carvalhismo, origem de anos dourados, ou de Medeirismo, era em que, naufragado em dívidas, deu um vice da Copa do Brasil e um vice do Brasileiro.
Parabéns a Barcellos e aos seus pares.
Seguindo o lume do passado tiraram o Inter da caverna onde o meteram por intermináveis 15 meses.
Não direi que eu vinha acertando no diagnóstico.
Elogio em boca própria é vitupério.


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