O número excessivo de cartões de Kannemann na temporada 2023
Zagueiro do Grêmio foi expulso contra o Flamengo e desfalca o time no jogo da volta pela Copa do Brasil
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Carlos Corrêa / Interino
Kannemann é idolo no Grêmio e esse status não se deu por acaso. Vai muito além da entrega e da raça do zagueiro argentino. Tem a ver com a bola mesmo. Kannemann é um ótimo zagueiro e não raras vezes responsável por garantir vitórias ao Tricolor. O exemplo mais recente foi no sábado passado, quando foi um dos destaques na vitória do Grêmio sobre o Atlético Mineiro. Botou Hulk no bolso. E, convenhamos, não é fácil parar um atacante tão forte como o do Galo.
Dito tudo isso, é preciso também dizer que Kannemann às vezes, e ultimamente mais do que antes, passa do ponto. Há uma linha muito tênue que separa a entrega em campo de uma violência desmedida. Ou nem exatamente violência, mas um risco desnecessário. Quarta-feira, contra o Flamengo, foi assim. O zagueiro foi expulso em um lance que não havia qualquer necessidade de uma falta. Claro que há outros fatores que desembocam no lance. Minutos antes, o mesmo árbitro que havia dado cartão amarelo para outros jogadores do Grêmio, não advertiu Everton Ribeiro por uma falta parecida. Se entende, mas não se justifica. Expulso Kannemann, a missão do Grêmio que 11 x 11 já era complicada, ficou ainda mais prejudicada.
Fique claro, o Grêmio não perdeu para o Flamengo por causa da expulsão do argentino. Mas a derrota, do jeito que foi, passa por ele. Mais do que isso, o confronto de 180 minutos passa. Sim, porque agora um dos melhores jogadores do Grêmio não estará em campo no jogo em que o time terá que fazer 2 a 0 no Maracanã.
Mais que isso, os números de Kannemann em 2023 em termos de cartões não são bons. Pelo contrário. São 31 jogos, 20 amarelos e três vermelhos.
É cartão demais.
junto aos gremistas é sabido e muitas vezes o zagueiro garantiu resultados com atuações brilhantes. Sábado, contra o Galo, foi assim. Mas há o outro lado. Várias vezes, a inconsequência do jogador deixou o time na mão. Contra o Flamengo, na quarta-feira, foi assim.