Renato é um fenômeno para ser analisado pela psicologia

Renato é um fenômeno para ser analisado pela psicologia

Estou tentando decifrar Renato. Trata-se de um enigma. Em 2016 pegou um Grêmio chumbado ao fracasso e deu uma Copa do Brasil.

Hiltor Mombach

publicidade

Para mim, empatia é um grande acontecimento.
Assim como afinidade.
Não desmereça o poder destes sentimentos.
Vai muito, vendo um programa de TV, lá estava Júnior, ex-lateral e meio-campista, atuando como comentarista.
Súbito, desanda a falar de Andrade.
Preciso explicar quem foi Andrade.
Trata-se de um auxiliar que, efetivado como treinador, tirou o Flamengo da zona intermediária da tabela e o levou a um título improvável de campeão brasileiro em 2009.
Sem perplexidade, ouço Júnior discorrer sobre a importância da empatia, afinidade, amizade do grupo com Andrade.
Quando isto acontece, mesmo os descontados fisicamente viram leões.
Estou tentando decifrar Renato. Trata-se de um enigma.
Em 2016 pegou um Grêmio chumbado ao fracasso e deu uma Copa do Brasil.
Depois, virou empilhador de taças, dez.
Só empatia não explica este sucesso colossal.
Renato injeta nos jogadores uma solidariedade e cumplicidade fulminantes.
Pregado ao sucesso do passado, em vias de se aposentar, Diego Costa ressurge feito um Suárez.
Como explicar?
Imagino um telefonema.
Renato acerta a vinda de Diego não como quem diz vem jogar no Grêmio, mas vem jogar no meu time.
Forma-se um pacto pessoal e não com a instituição.
Renato é um fenômeno para ser analisado pela psicologia. Personagens assim tornam o futebol imortal.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895