Sem torcida

Sem torcida

Carlos Corrêa

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Carlos Corrêa / Interino

Disse ontem Edenilson, sobre o decisivo jogo de amanhã contra o Sport, no Beira-Rio: “Sabemos que numa hora dessas a torcida faria muita diferença, ajudaria muito, empurraria muito. Mas ao mesmo tempo, sabemos que lá dentro estamos representando eles”. Pode soar paradoxal, quiçá até polêmico, mas talvez o jogo desta quarta-feira seja a partida em que, desde que a pandemia impediu a torcida de frequentar os estádios, as arquibancadas vazias sejam menos problemáticas. Amanhã, mais do que dezenas de milhares de vozes empurrando o Inter para o ataque, o que mais o time precisa é tranquilidade. Mais do que entusiasmo, o que a equipe precisa é de serenidade. O jejum colorado no Campeonato Brasileiro já passa de 40 anos. Desde as finais da competição em 1987 e 1988 (que acabou em 1989), o Inter não tinha tanta chance de levantar a taça. O duelo da vez é contra um adversário que briga contra o rebaixamento e contra o qual os colorados venceram em Recife por 5 a 3. É mais do que natural que, nessas condições, o torcedor esteja com a expectativa na estratosfera. É natural que, tivesse torcida, e as arquibancadas esperassem uma vitória retumbante. Só que talvez o jogo seja menos fácil do que o torcedor espera. E nesse momento, qualquer zunzunzum passados os primeiros 30 minutos sem gol podem se transformar em ansiedade. Tudo que o Inter não precisa amanhã.


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