Valencia x Magrão - Um abacaxi para o Inter descascar às vésperas do jogo contra o River

Valencia x Magrão - Um abacaxi para o Inter descascar às vésperas do jogo contra o River

Agressão do atacante equatoriano em dirigente é quebra de hierarquia no vestiário

Carlos Corrêa

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Carlos Corrêa / Interino

O Inter arrumou, do nada, um imenso abacaxi para descascar às vésperas do decisivo jogo contra o River Plate, pela Libertadores, na terça-feira. Não bastasse mais um resultado ruim dentro do Beira-Rio, o empate em 2 a 2 com o Corinthians, a agressão pública de Valencia em Magrão não é pouca coisa.

É um jogador agredindo publicamente um dirigente. Para além da agressão em si, que já seria condenável, ainda há o aspecto da hierarquia. Se nada fizer, a direção passa a mensagem de que falta de comando. Punindo o jogador com alguma suspensão ou algo do tipo, vai abrir mão da estrela da companhia justamente quando mais precisa dela, que é o duelo com os argentinos para ir às quartas de final. Em tempo, a versão de que tudo foi resolvido com um abraço no vestário está muito mais para não fazer nada do que qualquer coisa.

A briga, que antes de da entrada de Magrão já vinha a partir de uma discussão de Valencia com Luiz Adriano, não foi o único problema do Inter neste sábado. O time, mais uma vez, ficou aquém do que se espera, ainda mais de um time que almeja conquistar a América.

Há o desconto da utilização de muitos reservas. Foi visível a falta de entrosamento em vários momentos. De Pena foi um dos piores em campo, afora a expulsão. Mas é complicado criticar o uruguaio justamente no dia em que o técnico o improvisou como lateral-esquerdo.

Com improvisações ou não, a defesa voltou a tomar gols da mesma forma. É inconcebível que o Inter não aprenda com seus próprios erros. Mais uma vez, o time sofre gols quando a marcação está adiantada e um dos adversários recebe a bola por trás em velocidade - no caso o pênalti em Yuri Alberto. Isso sem falar na falta de criatividade do meio para a frente, o qu faz com que o time dependa de jogadas isoladas.

Nem tudo, porém, foram más notícias. Gabriel voltou bem. Bruno Henrique mostrou que logo vai ser titular. E Maurício não pode ser reserva nesse time. É quem mais finaliza com qualidade.


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