Vexame do Brasil na Copa do Mundo não pode reduzir os investimentos no futebol feminino brasileiro

Vexame do Brasil na Copa do Mundo não pode reduzir os investimentos no futebol feminino brasileiro

Eliminação na fase de grupos foi um fiasco, mas é preciso manter a política de incentivo à modalidade no país

Carlos Corrêa

publicidade

Carlos Corrêa / Interino

Foi um balde de água fria na torcida. Um banho precipitado, aliás. Qualquer um que estivesse minimamente informado sobre a Seleção Brasileira sabia que as chances de título na Copa do Mundo eram tão grandes como o Bragantino terminar o ano com o troféu da Série A.

Mesmo assim, ninguém esperava uma eliminação tão precoce. E jogando tão pouco. É triste perceber e admitir, mas a campanha da equipe comandada por Pia Sundhage no Mundial da Austrália e da Nova Zelândia foi um fiasco. Cair logo na primeira fase em um grupo com Jamaica e Panamá é inadmissível. Ainda mais jogando tão pouco.

A atuação da Seleção nesta quarta-feira, contra a Jamaica, foi pior do que na derrota para a França, quando já havia sido ruim. Não havia passe certo. Não havia movimentação para receber a bola. Não havia criatividade. Não havia duas decisões certas em sequência. E Pia à beira do campo como se o Brasil não estivesse sendo eliminado da Copa na fase de grupos.

Foi um duro choque de realidade, mas a passagem da Seleção pela Copa foi uma decepção.

O desempenho do Brasil foi péssimo e a eliminação na fase de grupos um vexame. No entanto, isso não significa que tenha que se repensar os investimentos no futebol feminino no país. Muito pelo contrário, é hora de manter a postura e incentivar as meninas para que no futuro tenhamos mais e mais jogadoras.

Neste sentido, a boa notícia – quem diria – veio da CBF, que garantiu a manutenção da política, dando mais força para as categorias de base. “Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF, na minha gestão, de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo”, afirmou o presidente Ednaldo Rodrigues.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895