A dançarina, a Fifa e o ladrão
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Gostei.
É a história fantasiosa de um bando que rouba o cofre de um assecla do ditador chileno Pinochet.
A gente torce pele ladrão do bem.
Mas tem o bandido, o homem do mal.
No filme, ele se chama Marin.
É o cara que dá o abraço da morte.
Pensei no Marín da CBF que o FBI prendeu na Suíça.
Por que será que pensei nele?
Terá sido por coincidência ou por ter feito relação entre ditadura, escrotidão, ladroagem, tortura e horror?
O Marin brasileiro, esbirro da ditadura de 1964, ladrão de medalha, que colaborou para a prisão do jornalista Vladimir Herzog, foi o anfitrião da Copa do Mundo de 2014 num governo supostamente de esquerda. Tinha razão o filho de Herzog: foi como se a Alemanha tivesse pedido para um nazista organizar a Copa do Mundo de 2006.
O Marin do filme vivia num solitária, mas foi solto pelo diretor da prisão para cometer um crime.
Tomara que, nesse ponto, não haja coincidência.