A dançarina, a Fifa e o ladrão

A dançarina, a Fifa e o ladrão

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Fui ver o filme A dançarina e o ladrão, com Ricardo Darín.

Gostei.

É a história fantasiosa de um bando que rouba o cofre de um assecla do ditador chileno Pinochet.

A gente torce pele ladrão do bem.

Mas tem o bandido, o homem do mal.

No filme, ele se chama Marin.

É o cara que dá o abraço da morte.

Pensei no Marín da CBF  que o FBI prendeu na Suíça.

Por que será que pensei nele?

Terá sido por coincidência ou por ter feito relação entre ditadura, escrotidão, ladroagem, tortura e horror?

O Marin brasileiro, esbirro da ditadura de 1964, ladrão de medalha, que colaborou para a prisão do jornalista Vladimir Herzog, foi o anfitrião da Copa do Mundo de 2014 num governo supostamente de esquerda. Tinha razão o filho de Herzog: foi como se a Alemanha tivesse pedido para um nazista organizar a Copa do Mundo de 2006.

O Marin do filme vivia num solitária, mas foi solto pelo diretor da prisão para cometer um crime.

Tomara que, nesse ponto, não haja coincidência.

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