A musa e a cachorra nas cachoeiras de Brasília

A musa e a cachorra nas cachoeiras de Brasília

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A mídia adora reis, rainhas e musas.

Basta ser bonitinha para ser muda.

Pode ser bonitinha e ordinária.

E como tem!

O repertório da mídia é limitado.

Sempre tem uma fantasia erótica de bordel de quinta categoria embutida.

A pornografia acontece em outro lugar, longe da cama.

A tal Andressa, mulher do Cachoeira, tentar engavetar um juiz.

Na cara dura. Na base do:

– Você solta o Carlinhos e nós não soltamos o dossiê.

Segundo o juiz, que recusou a proposta obscena, feita certamente em tom sensual, a musa cachorra teria dito que o dossiê contra ele e outros estaria pronto, preparado por Policarpo Jr., jornalista da Veja, a pedido de Cachoeira.

Fica assim:

1) Andressa falou a verdade e a Veja está atolada na lama.

2) Andressa mentiu, mas sua mentira revela o que Cachoeira pensa da Veja  e possivelmente traz à tona marcas de suas relações incestuosas com a revista e com o tristemente famoso Policarpo, o homem dos grandes furos e das grandes furadas.

3) O juiz mentiu - hipótese absolutamente improvável.

Veja, claro, desmentiu qualquer relação com Cachoeira e com o suposto dossiê.

Podemos exclamar: o rei está nu.

Uma descerebrada bonitinha, mulher de um contraventor, permite-se tentar corromper um juiz sem a menor cerimônia, no melhor estilo cruzada de perna fatal, na lata, sem medo, sem respeito, sem corar, sem temer um par de algemas.

Daria manchete: A musa algemada.

A República de Goiás é impudica.

Brasília é um grande bordel.

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