Afastamentos e impeachment

Afastamentos e impeachment

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O extremista não reconhece nuances e não tem paciência para esperar provas.

O franco-atirador não tem pressa de matar.

Sabe, como Pascal, que um mesmo fenômeno pode comportar verdades opostas.

Ontem, Cid Gomes foi meu herói.

Antes disso, era tão importante quanto uma mosca.

Depois disso, voltará a ser uma mosca volante.

Hoje, como anteontem, posso dizer: Eduardo Cunha e Renan Calheiros, presidentes da Câmara e do Senado, deveriam afastar-se das suas funções durante as investigações nas quais constam como suspeitos de corrupção.

Agora, como antes e depois, não tenho dúvidas nem fricotes: se ficar provado que o PT recebeu dinheiro de propina para a campanha de Dilma Rousseff à presidência da República, será legítimo que ela sofra um processo de impeachment.

A vida é simples.

Basta ter calma para tentar captar a sua complexidade.

O resto é ideologia como distorção voluntária ou inconsciente da realidade, que, apesar de tudo, existe.

Estamos apenas  no começo de uma tragédia agendada.

Para quando?

Eis a questão.

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