Brasília, capital dos golpes

Brasília, capital dos golpes

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Três golpes avançam em Brasília.

O primeiro é latrocínio: articula-se no Congresso Nacional a anistia ao caixa dois. É roubo seguido de morte. Rouba-se a ética e mata-se a decência. O eleitor é enganado. O eleito escapa da prisão.

O segundo golpe é estelionato: prepara-se uma lei contra abuso de autoridade. Os investigados, com um truque legislativo, para que possam trapacear em paz, bloqueiam os investigadores.

O terceiro golpe é atentado ao pudor público: o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Herman Benjamin reuniu provas para destroçar a chapa Dilmar-Temer. Como se sabe, PT e PMDB foram parceiros numa série de golpes contra a honestidade nacional. Mas como o mercado e a mídia estão contentes com as reformas do atual presidente da República, que golpeiam os direitos da plebe, Dilma poderá subir novamente ao cadafalso e Temer ser poupado em nome das conveniências do dinheiro.

A nação dorme tranquila: o presidente do "júri" é o isento Gilmar Mendes, o homem dos múltiplos jantares com o réu, tudo, claro, com distanciamento e posturas sempre republicanas.

Afinal, a das bananas também é uma república. A de Salò também era.

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