Brizola da Legalidade, o maior herói gaúcho
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Não sou brizolista.
Não sou pedetista.
Sou historiador, escritor e jornalista.
Brizola, o da Legalidade, o de 1961, foi o maior herói da História do Rio Grande do Sul.
Maior do que Bento Gonçalves e todos os fazendeiros que lutaram no século XIX para pagar menos impostos usando escravos, especialmente alheios, como bucha de canhão. Escreveram uma constituição na qual mantinham a escravidão. Atolaram-se em corrupção, dividiram-se, perderam a guerra e receberam indenização do Império.
Conto isso tudo em História Regional da Infâmia.
O Brizola de 1961 lutou exclusivamente pelo respeito à Constituição.
Bateu-se contra o golpe militar urdido por três ministros fardados e atolados no reacionarismo.
Só não é visto como herói porque três décadas de ditadura serviram para diabolizá-lo.
Brizola poderia dizer com Flaubert: "A Legalidade sou eu".
A história da revolução farroupilha foi escrita em grande parte por militares.
Os militares jogaram sombra sobre a história da Legalidade.
Aos 50 anos do principalmente movimento popular brasileiro do século XX, é hora da historia aparecer, cristalina, brilhante, verdadeira.
Essa façanha de 1961 é que deveria servir de façanha a toda Terra.