Decepcionados em 1964 e em 2016

Decepcionados em 1964 e em 2016

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Em 1964, a mídia, a classe média, o centro e a direita apoiaram o golpe midiático-civil-militar.

Eram jornais como O Globo, Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Diários Associados e Folha de S. Paulo.

Carlos Lacerda foi o civil que mais trabalhou pelo golpe.

Era um Paulinho da Força com grife e cultura.

Achava que os militares lhe entregariam o poder na eleição de 1965.

O golpe aconteceu entre 31 de março e 1º de abril de 1964.

O Correio da Manhã foi o primeiro a decepcionar-se: em 3 de abril já se espantava: assim, não, está parecendo uma ditadura... E era. Estava parecendo um golpe. E era.  Tarde demais.

Agora, em 2016, a OAB já começa a espernear contra o aumento de impostos que virá.

E Paulinho da Força chama de estapafúrdias as reformas previdenciárias e trabalhistas previstas por Henrique Meirelles, representantes dos banqueiros no governo de Michel Temer.

O que esperava Paulinho? Que o poder fosse entregue aos sindicalistas?

Os lacerdistas de hoje se decepcionam como Carlos Lacerda em 1964.

O golpe midiático de 64 foi feito contra o varguismo.

O impeachment de 2016 também.

Enquanto a Era Vargas, com sua legislação trabalhista não for desmontada, haverá golpe.

Depois, será a paz. Dos cemitérios.

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