Deputados não ouvem nem se impressionam
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Certos deputados gaúchos parecem não estar nem aí para isso.
Taline Oppitz publicou na sua coluna um " furo" sobre uma trama que está sendo urdida na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Tramita um Projeto de Emenda Constitucional.
Trata de previdência.
É de autoria do petebista Ronaldo Santini.
Nada diz sobre sobre regime próprio de aposentadoria paradeputados.
Mas poderá dizer.
Quando for a discussão em plenário, na próxima terça-feira, poderá sofrer uma emenda que abra a porta para a futura apresentação de um projeto de lei específico permitindo que os deputados deixem de se aposentar pelo INSS e passem a se aposentar, com ganhos integrais, pelo IPE.
Houve um tempo em que os deputados aposentavam-se proporcionalmente com dois mandatos e integralmente com quatro.
A mamata acabou.
Foram todos para a vala comum do INSS.
Como nós, mortais.
Agora, visto que os tempos são outros, teriam de cumprir, ao menos, três mandatos ou mais e completar os 35 anos necessários para a aposentadoria com contribuições de outras atividades, por exemplo, na iniciativa privada.
É menos interessante do que antigamente.
Mas mais rentável do que o INSS.
Por que mesmo existem regimes próprios de aposentadoria?
Por que todo mundo não se aposenta pelo mesmo sistema?
Alguns dos nossos deputados estão cansados do INSS.
É triste, comum, mal pago.
Querem uma velhice mais tranquila.
Não desejam passar o que nós passaremos.
Se tiverem a coragem de aprovar esse autobenefício, até agora dissimulado, poderão ser visitados por jovens indignados em tempos de rebeldia.
Melhor que fiquem espertos!
Ou o bicho pode pegar.