Errar é humano?

Errar é humano?

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Aprendi  a diferença entre errar grande e acertar pequeno: o estrago. O fanatismo é um erro grande que acerta, como alvo a esmo, pequenas partes desavisadas da sociedade. O terrorista, sabendo que não pode destruir o todo que o transtorna, sacrifica pequenas partes para destilar o seu ódio imoral. Quando a pequena parte sacrificada é uma vida, não há mais dimensão a considerar. Cada vez que um ser humano é assassinado por um fanático, a humanidade morre um pouco. Morre por muitas razões, inclusive por não saber evitar a repetição do erro que a fará morrer de novo.

Nem sempre errar é humano. Muitas vezes, o erro é desumano. Outra exceção. É errado não permitir que cada pessoal se arme para se defender? É certo permitir que cada um se arme a seu bel-prazer para matar quem bem entender ao saber dos seus ressentimentos e das obsessões?

O mais movo massacre, o de Orlando, nos Estados Unidos, atualiza uma tese tristemente paradoxal: a humanidade avança rapidamente. Para trás. Sem qualquer garantia de progresso do imaginário.

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