Geddel, de anão a gigante

Geddel, de anão a gigante

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Aposentado aos 51 anos de idade, mas defendendo a idade mínima de pendurar as chuteiras para os demais brasileiros aos 65 anos, recebendo acima do teto constitucional sem tomar providências para regularizar a situação, Geddel Vieira Lima tem uma carreira política marcada por muitos baixos. Não se conhece um só alto.

Nos anos 1990, foi anão do orçamento. Os anões negociavam emendas parlamentares com empreiteiras.

No começo deste ano, Geddel declarou solenemente que como vice-presidente da Caixa Federal "tinha que tratar com todo mundo, com empresário, com jornalista, com puta, com viado..."

Transformado em gigante do ministério de Michel Temer, Geddel está envolvido em nova polêmica desde que Marcelo Calero, ministro da Cultura, renunciou denunciado pressão do colega em prol de seu interesse privado na construção de um prédio em Salvador que, segundo o Iphan, afeta o interesse público e o patrimônio histórico.

Geddel teria manifestado maior preocupação com o seu patrimônio como comprador de um apartamento no 23º andar de um prédio que só pode ter 13 pavimentos. Segundo Calero, Geddel foi literário no seu protesto:

– Como é que eu fico nessa?

Ontem, o choroso Geddel recebeu a solidariedade de colegas parlamentares.

André Moura, líder do governo na Câmara dos Deputados, acusado de vários deslizes de diferentes tamanhos e possibilidades de penas, entregou carta em defesa de Geddel, que se comoveu na medida do protocolo.

Não é lindo o carinho dos coleguinhas?

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