Golpe de 64, Moral e Cívica e cérebros de ervilha

Golpe de 64, Moral e Cívica e cérebros de ervilha

"Precisamos de urânio enriquecido em 19,75%", diz o presidente

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31 de março.

Há 48 anos, os militares enfiaram a bandeira na retarguada dos brasileiros.

Deram um golpe, que chamaram de revolução, contrarrevolução e revolução redentora.

Foi uma quartelada contra o reformismo de Jango, que estava apavorando os ricos com ideias assustadoras: reforma agrária, reforma educacional (o Brasil tinha a gigantesca quantia de dois mil estudantes em pós-graduação) e outras reformas que poderiam levar o país a sair da sua confortável e legítima condição de país medieval.

Os militares marcharam em defesa do justo e necessário atraso.

Era preciso salvar o Brasil do comunismo que jamais passou pela cabeça de João Goulart.

Graças ao golpe contra a ameaça de uma ditadura, tivemos direito a uma verdadeira ditadura, que matou, sequestrou, cassou mandatos, torturou, censurou, fez o que bem entendeu e nunca foi punida.

Tudo em nome da democracia.

Temos muito a comemorar neste dia, especialmente o fato de que não os militares de hoje não pretendem mais dar aulas de administração nacional nem nos impor disciplinas dantescas como Moral e Cívica.

Sou favorável ao revanchismo.

Precisamos nos vingar dos militares.

Não só pela tortura e pelos desaparecidos.

Mas especialmente pelas aulas de Moral e Cívica.

Aquilo destruiu o cérebro de muito brasileiro.

Se somos o que somos e adoramos hits sertanejos é por causa das aulas de Moral e Cívica.

Punição já para os torturadores.

Toda a população foi torturada com aulas de Moral e Cívica.

Exceto os que não foram à escola.

A disciplina de Moral e Cívica foi responsável pela grande evasão escolar de uma época.

E por uma geração com uma ervilha no lugar do cérebro.

Daí porque estou com a ONU: punição aos torturadores.

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