Leandro Damião com pose de toureiro

Leandro Damião com pose de toureiro

Yeda concedeu entrevista exclusiva hoje ao apresentador do programa "Balanço Geral", da TV Record, Alexandre Mota

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Nada melhor do que um Gre-Nal para trazer a gente de volta das férias.

A realidade impõe-se.

Os instintos afloram.

A vida retoma os seus velhos caminhos.

Fui para a frente da televisão desconfiado.

Grêmio em crise.

Caio Júnior demitido.

Todo técnico que chega falando em imitar o Barcelona entra com os dias contados.

Não chega a vencer os três meses de experiência.

O jogo foi assustador.

O Grêmio massacrou.

O Inter jogou bolita.

Um caso se acentuou.

Leandro Damião não é mais o mesmo.

Fez um belo gol.

Mas mesmo o seu belo gol  foi um sintoma do que está acontecendo com ele.

Um jogador sem afetação teria dado um toque para o lado, tirado o goleiro e chutado rasteiro.

Um gol simples.

Damião não quer mais gols simples.

Não bate uma vez que seja na bola de modo comum.

Só quer toques especiais.

Bate de lado, de trivela, cavadinha, calcanhar, letra, tudo o que tenha estilo.

Damião parece um dos toureiros que vi em Bogotá.

Damião El Juli: estiloso, soberbo, inflado, cheio de si, arrogante, dono da bola.

No popular, Damião está se achando, apesar da sua cintura quadrada.

O Inter só melhorou quando, por desespero, o treinador saiu da retranca, tirou um volante e botou mais gente na frente.

João Paulo, que ainda está lutando por seu lugar, deu movimentação ao time.

D"Alessandro esteve sumido.

Dagoberto fez uma única grande jogada.

Elton provou que como lateral é um bom volante.

Bolatti continua o mesmo: jamais uma luz brilha no seu cérebro, salvo arroubos instintivos de ataque.

Faltaram  a garra de Guiñazu, a alegria de Tinga, a pujança de Nei e humildade a todos.

O único consolo colorado é que com Luxemburgo o Grêmio tem tudo para aprender rapidamente o caminho da soberba.

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