Leitura dominical sobre corrupção
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“BNDES contornou norma interna para socorrer norma interna de amigo de Lula”
– O ex-presidente tornou-se o rei dos lobistas.
“Nardes tratou de consultoria após entrar no TCU, indica e-mail”
– Conselheiro do TCU, relator das pedaladas da Dilma está enrolado. A Zelotes bateu-lhe no peito.
“Cunha abasteceu frota de luxo com verba da Câmara”
– As provas contra Eduardo Cunha acumulam-se, mas ele permanece.
Por quê?
Simples:
“Cunha acelera pautas conservadoras”.
– Quais?
– “Uma delas é a PEC 99, que permite a entidades religiosas a apresentação de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal. Na prática, a proposta iguala essas entidades à Presidência e demais instituições que hoje têm essa prerrogativa, como as Mesas do Senado e da Câmara e a Procuradoria-Geral da República”.
– “Outro projeto polêmico que deve ir ao plenário nas próximas semanas é o estatuto da família, que define a entidade familiar apenas como a união entre homem e mulher, excluindo qualquer caso de união homoafetiva”.
– “Outro tema polêmico avançou: uma comissão especial aprovou o texto-base da proposta que revoga o estatuto do desarmamento. Chancelada pela "bancada da bala", a proposta afrouxa as regras para porte de armas, permitindo que até deputados e senadores tenham armas, além de passar de 25 para 21 anos a idade mínima permitida para tal”.
– Tradução: se o corrupto faz política social, deve cair imediatamente. Se acelera pautas conservadoras, pode ficar. A esquerda escandaliza-se com a corrupção da direita. A direita escandaliza-se com a corrupção da esquerda. O observador racional diz: a corrupção deve ser punida e não tratada como ideologia.
“PMDB lança manifesto”
propostas:
– Desvinculação das pensões do salário mínimo.
Tradução: abandonar os aposentados ao relento
– Fim das rubricas obrigatórias de gastos públicos
– Tradução: fim dos gastos obrigatórios com saúde e educação
Possível explicação: o PMDB, com seu repentino e oportuno programa neoliberal, prepara-se para romper com o PT e aliar-se com o PSDB imaginando que os tucanos ganharão a próxima eleição. É o manifesto mais oportunista do momento. Hora de trocar de barco.
"Relator do orçamento quer cortar 35% do Bolsa Família"
– Ricardo Barros é do PP. O PP é campeão de participação na Lava-Jato. Mas é o útil para o grande fim: podar a ajuda aos mais pobres. PMDB, PP e PSDB se dão as mãos.
Era esperado.