Médico critica vinda de cubanos

Médico critica vinda de cubanos

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Crônica de Médicos e Escravos

Alcides Mandelli Stumpf, médico

Maio: O então ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, afirma que o Brasil discute possibilidade de importação de 6.000 médicos cubanos. Julho: Depois de uma série de incidentes reveladores de irregularidades, as tratativas são congeladas. O Ministério da Saúde, na sequencia, afirma que pretende atrair “pessoas físicas”, priorizando profissionais de Espanha e Portugal.

Depois, durante as efervescentes manifestações de rua contra a corrupção no Governo, a Presidente Dilma inicia articulação entre governadores e prefeitos para fechar pacote na saúde, visando amainar a fúria popular. É lançado o Programa Mais Médicos e anunciada a ampliação do curso de medicina de seis para oito anos. As Entidades Médicas são surpreendidas pelas medidas arbitrárias e reforçam a oposição à importação de médicos estrangeiros sem o Revalida (prova para validar o diploma do médico formado no exterior). O desempenho cubano na prova tem sido pífio.

Em 2011 tentaram 16 e foram aprovados 3. Em 2012 tentaram 16 foram aprovados 4. Após críticas de Universidades e veementes protestos médicos, o governo desiste dos dois anos a mais no curso.  A proposta muda para residência médica obrigatória de dois anos dedicados a atendimentos ao SUS - proposta inviável na prática. Agosto: tudo muda. É anunciada a vinda de quatro mil cubanos, através de acordo anteriormente tramado entre os governos, intermediado pela Opas, braço da Organização Mundial da Saúde para as Américas.  Concretiza-se enfim o ato ilícito e enganoso, que fora renegado anteriormente. No vergonhoso acerto, há o repasse de dez mil reais por médico ao mês, ao governo cubano, o feitor. Não se sabe exatamente quanto restará ao trabalhador-escravo.

O Ministério Público do Trabalho, aviltado, aponta a ilegalidade do contrato, que não paga diretamente os salários aos médicos. Setembro: Os prefeitos iniciam o desmonte dos serviços de saúde cambiando os profissionais legalmente contratados por “bolsistas” do governo federal. O programa Mais Médico transforma-se simplesmente no programa Troca Médicos.

A fissura ideológica comunista dos atuais governantes escreve definitivamente o capítulo mais obscuro da História do Brasil, resgatando a escravidão e submetendo a soberania nacional a ditadores estrangeiros sanguinários.

Certamente estamos no início do fim.

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