Manchetes francesas e brasileiras
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Lia os jornais, ouvia rádio e via televisão.
Só se falava em crise econômica, austeridade, intolerância religiosa e fanatismo.
Aconteceu o atentado na usina de gás, em Isère.
Um muçulmano radicalizado, Yassim Salhi, pai de três filhos, motorista de um caminhão de entregas, decapitou o chefe e fixou a cabeça do morto, cercada por duas bandeiras pretas com inscrições em árabe, na grade da empresa que atacou.
Jogou o carro contra cilindros de gás.
O decapitado, Hervé, segundo os relatos, era gente boa.
Nas ruas de Paris, sob o sol de verão, tudo continuou igual: turismo, passeios e multidões.
Nos olhos dos policiais, porém, tensão.
Voltei para o Brasil.
Abri os jornais.
Só corrupção.
Cada país tem as manchetes que merece?