Manchetes francesas e brasileiras

Manchetes francesas e brasileiras

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Passei uma semana na França.

Lia os jornais, ouvia rádio e via televisão.

Só se falava em crise econômica, austeridade, intolerância religiosa e fanatismo.

Aconteceu o atentado na usina de gás, em Isère.

Um muçulmano radicalizado, Yassim Salhi, pai de três filhos, motorista de um caminhão de entregas, decapitou o chefe e fixou a cabeça do morto, cercada por duas bandeiras pretas com inscrições em árabe, na grade da empresa que atacou.

Jogou o carro contra cilindros de gás.

O decapitado, Hervé, segundo os relatos, era gente boa.

Nas ruas de Paris, sob o sol de verão, tudo continuou igual: turismo, passeios e multidões.

Nos olhos dos policiais, porém, tensão.

Voltei para o Brasil.

Abri os jornais.

Só corrupção.

Cada país tem as manchetes que merece?

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