Marin, Fleury e a ditadura

Marin, Fleury e a ditadura

publicidade

O futebol brasileiro tem sido generoso em adeptos do autoritarismo.

A ditadura militar e o futebol andaram de braços dados.

A Copa do Mundo de 1970 serviu para a ditadura cobrir-se de ufanismo.

Agora, o surrupiador de medelhas José Maria Marin, presidente da CBF, integrante da ARENA, partido da ditadura, aparece como autor de um discurso altamente constrangedor antes da prisão do jornalista Vladimir Herzog, em 1975. Herzog é a vítima símbolo do horror praticado pela ditadura em seus porões sujos, repugnantes e apinhados de torturadores e assassinos.

Marin faz ditirâmbicos elogios ao delegado Fleury, o símbolo dos torturadores.

O Brasil democrático não merece chegar à Copa do Mundo com um ladrão de medalhas e apologista de torturados como figura proeminente.

Alguém precisa enfiar  consistentemente o pé no traseiro de Marin e devolvê-lo à sua insignificância, de onde ele só saiu graças à podridão cotidiana do universo que escolheu para habitar.

Marin é gol contra.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895