Marina representa quem?
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Em princípio, a terceira via, a novidade, uma tal nova forma de fazer política. Mas, lembrando muito a velha forma da politicagem, ela já alterou o seu programa – o programa do PSB – para atender a demandas de grupos de pressão.
A direita está excitada e começa a abandonar Aécio Neves. Vê em Marina a oportunidade tão sonhada de tirar o PT do poder. Marina está sendo apropriada pelo conservadorismo? Ou está usando o antipetismo para chegar ao poder e implantar o seu projeto, um plano capaz de frustrar os conservadores que odeiam as qualidades do PT, suas políticas sociais, embora, não podendo dizer isso, finjam que lutam apenas contra a corrupção e contra a ineficiência dos petistas no governo?
Quando colunistas antipetistas passam a abrir voto para Marina é que o bicho pegou. Há perigo na esquina.
Marina será o PT sem o mensalão? Ou o PSDB sem o mensalão?
Só ela e o tempo podem dizer.
Isso se Lula não voltar. Consta que ele teria pedido 72 horas para pensar.
O PT não quer cometer o erro do Felipão, que, tomando 5 a 0 da Alemanha no primeiro tempo, não mudou para não culpar qualquer jogador. Mudar seria torrar Dilma, mas, quem sabe, salvar o projeto. Ficaria feio? Seria eficaz?
Se nada for feito, pode tomar 7 a 1.
No mínimo, terá de mudar o esquema, estratégia, de campanha.
O marqueteiro João Santana perdeu a mão.