Não sobrou quase ninguém

Não sobrou quase ninguém

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Quem pode apagar a luz e fechar a porta sem precisar usar luvas?

O PMDB está mais enlameado que pneu de trator.

Os delatores botaram Michel Temer e seus principais ministros no centro da olaria clandestina.

O presidente teria participado em 2010, em companhia do probo Eduardo Cunha, de uma reunião para extorquir propina. O encontro tem data e local discriminado. O delator goza de ótima memória.

O PSDB caiu do pedestal e afundou na lama fazendo a pose moderna de sempre.

O PT mora no inferno desde o mensalão.

O PP é linha auxiliar dos donos do poder em todas as suas manobras subterrâneas.

Aécio Neves é um cadáver político ambulante.

José Serra e Geraldo Alckmin ocupam manchetes policiais com olhos esbugalhados.

Lula tenta sobreviver em meio a denúncias que se repetem como ladainhas.

Luminares do DEM são citados como quaisquer outros aproveitadores.

Quem escapa?

Quem diria que os moralistas de ontem estariam hoje dando as explicações que antes recusavam?

A crítica da corrupção era só um ardil político.

O silêncio das ruas é uma confissão.

A confissão de uma hipocrisia generalizada.

Tem empresário na cadeia.

Tem ex-ministro em cana.

Tem petista graúdo atrás das grades.

Quando políticos de todos os partidos, até agora com mandato, citados pelos delatores de língua destravada, alguns com riqueza de detalhes, conhecerão o conforto das celas brasileiras?

Está faltando isonomia.

Ou seria apenas coerência?

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