O ódio contra Jango nunca acaba

O ódio contra Jango nunca acaba

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Há 51 anos, o presidente João Goulart, gaúcho de São Borja, foi derrubado do poder por um golpe midiático-civil-militar apoiado pelos Estados Unidos e empacotado no contexto da Guerra Fria.

Jango era acusado de comunismo, corrupção e populismo.

O seu pecador maior era querer fazer as reformas de base.

O Brasil era um oceano de desigualdade social, um país de miseráveis e analfabetos.

As classes médias e altas achavam que estava bom.

Queriam manter seus imensos privilégios.

Hoje, os herdeiros do lacerdismo – o jornalista e político Carlos Lacerda, da UDN, uma mistura de PSDB e DEM da época, foi o principal algoz de Jango – investem contra a construção de um Memorial João Goulart, em Brasília, justa homenagem ao presidente que defendeu a liberdade e a democracia até o limite das suas forças e possibilidades.

O terreno para o Memorial já foi concedido. Tapumes foram colocados para preparar o começo da obra.

A nova velha direita ameaça derrubá-los nas manifestações que pretende promover em 12 de abril.

Jango continua a ser o símbolo das reformas que a elite branca brasileira continua rejeitando.

Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos avós.

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