O cérebro do futuro e a vida em rede

O cérebro do futuro e a vida em rede

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Estamos chegando ao XII Seminário Internacional da Comunicação no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Famecos, na PUCRS. Desde 1997, trouxemos dezenas de pesquisadores e grandes intelectuais para debater, de Edgar Morin, Jean Baudrillard e Michel Maffesoli a Erick McLuhan, Régis Debray e Néstor García Canclini. Neste ano, de 5 a 7 de novembro (http://www.pucrs.br/famecos/pos/seminariointernacional/), enfrentaremos um tema fascinante: o cérebro do futuro, a vida em rede, os efeitos das tecnologias em nosso imaginário, em nossas formas e capacidades de comunicação e até mesmo em nossa estrutura cerebral. O que muda?

“Imaginário em rede: comunicação, memória e tecnologia” contará com um grande time nacional e internacional de palestrantes, do norte-americano Howard Rheingold (inventor do conceito de comunidade virtual) a Pierre Lévy (teórico da inteligência coletiva) passando pelos franceses Philippe Joron (imaginário e imposturas da mídia), Georges Bertin (redes e desafios do transcultural) e Denis Fleurdorge (representações do político), pelo italiano Vincenzo Susca (alegrias trágicas da vida eletrônica), pelo canadense Sébastien Charles (redes e transparência democrática), pelos brasileiros Lúcia Santaella (crescimento extra-somático do cérebro humano) e Roberto Almeida (cérebro e linguística) e pelo pesquisador do mundo Ivan Izquierdo (interações do cérebro com máquinas informáticas).

Como vamos pensar amanhã? Como vamos interagir com as máquinas? Como vamos fazer política? Uma democracia direta eletrônica vai tomar o lugar da representação com suas limitações e decepções? Ficaremos mais inteligentes e mais participativos? A revolução dos computadores ainda reserva muitas surpresas para nós? O nosso cérebro vai mudar? Chegaremos a possuir um cérebro artificial? A vida em rede está aí. Entramos na fase da chamada internet dos objetos. Tudo continua mudando muito rapidamente. Vamos passar três dias tentando parar o tempo para refletir sobre o que aconteceu nestas últimas décadas aceleradas.

Um encontro desses dá um trabalho do cão. Os professores Carlos Gerbase, Eduardo Pellanda, Juliana Tonin, Cristiane Freitas e Helena Stigger, da comissão organizadora, que o digam. Além das palestras, uma dúzia de Grupos de Trabalho possibilitarão a estudantes, professores e pesquisadores a apresentação de textos e a discussão sobre o estado da arte da pesquisa em comunicação. Nesses momentos é que se vê a efervescência da vida acadêmica no Brasil de hoje. Há mais vida intelectual nas redes universitárias do que imaginam os críticos rasteiros. Vida, pulsação e descobertas. Em alguns assuntos, o mundo acadêmico está tão adiantado que os ignorantes vulgares chegam a considerá-lo atrasado.

Howard Rheingold e Pierre Lévy farão um dueto à parte em nosso seminário na medida em que são dois pioneiros das reflexões sobre a internet. Ivan Izquierdo dará o tempero sul-americano ao evento. Talvez alguns ignorem, mas nosso cérebro não é mais o mesmo. Como ficará nossa memória nos próximos anos? É excitante.

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