O futuro do livro e o livro do futuro

O futuro do livro e o livro do futuro

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Prezado Jornalista e Professor JUREMIR MACHADO DA SILVA

Lemos continuamente a sua coluna no CORREIO DO POVO e, hoje topamos com o seu texto O LIVRO DE PAPEL ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS.

Na Feira do Livro de Porto Alegre, em 2007, escrevemos o texto PÍLULAS DIGITAIS – A VERTENTE DIGITAL, O CHIP, OS NOVOS SUPORTES E MÍDIAS À DISPOSIÇÃO DO ESCRITOR (que vai em anexos) e iniciamos entrevistas com editores para um vídeo intitulado O LIVRO DO FUTURO. Ainda há resistências.

Motivo é que, aqui mesmo no país dos tupiniquins, no nosso Estado e na capital onde se pensa – de vez em quando, naqueles momentos em que os nossos neurônios conversam entre si, mas muito antes, no ano de 2000 – também na Feira do Livro de Porto Alegre, a maior da América do Sul, lançamos um livro digital, intitulado GRANDE É A ARTE, GRANDE PODE SER A VIDA, com 317 páginas – digitais – 250 imagens (cartoons e fotos), 4 músicas para acompanhar a leitura....., no mesmo instante que vinha da França uma grande novidade – o e-book.

O nosso livro alavancou a Associação dos Escritores Independentes do RS e foi considerado como destaque desta feira - embora isso, porque é tupiniquim, não tenha sido considerado como uma pequena parte da história...

Mas..... e, sempre tem um mas.....; para que pudesse ser lançado naquele ano e na FLPoa, a organização nos exigiu o lançamento no papel e, por isso, enclausuramos (enganando – no bom sentido a eles) colocando o CD envolto num formato do livro tradicional, numa capa dura – e com páginas impressas tão somente da apresentação (de INES ROMANO) e o CD lá no final encartado. Já na Feira vendemos no formato que nos propusemos - digital e com envólucro de uma caixa de CD, com a apresentação miniaturizada e encartada (como as letras de músícas).

Queríamos tão somente poupar árvores, otimizar a difusão das nossas idéias e democratizar o livro (não mais um para um, mas um para milhares....) – sim porque para nós o livro não é o suporte, mas sim o que está contido nele. Prova disso é o que vc cita no seu texto, dito pelo Institute of Future of the Book (Instituto  do Futuro do Livro), que diz o que já dizíamos há 11 anos.

Pois ocorre que então e até hoje, protagonizávamos a maior difusão possível das nossas idéias através do que o nosso tempo disponibilizava como tecnologia, para que fossem acelerados os processos de acesso ao livro e facilitasse a sua reprodução. Também - e porque não - um livro para ser assistido simultaneamente.

Hoje, perdemos a conta de exemplares disponibilizados às escolas e instituições, para as quais autorizamos a reprodução para fins didáticos; mas estimamos em pelo menos 50.000 exemplares já circulando.

Em 2005 encaminhamos através de uma amiga da FUNART e que também tem atividades na ABL, uma avaliação e contextualização do que criamos, mas não nos chegou resposta disso.

Em 2008 o nosso livro foi selecionado para um workshop por ocasião do Congresso Mundial O HOMEM E A MÁQUINA – quando elaboramos o artigo que segue em anexos.

Cordialmente

Paulo Zornitta / Fernando Zornitta

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