O Rio Grande do Sul no fundo do poço

O Rio Grande do Sul no fundo do poço

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Estamos lá. Outra vez.

Não há dinheiro para pagar integralmente os salários do funcionalismo público.

O que fazer?

Por quanto tempo  essa situação se manterá?

A falta de dinheiro parece ser inquestionável. Nenhum governador, parece, deixaria de pagar o funcionalismo se tivesse dinheiro em caixa. O desgaste do parcelamento é brutal. Sartori se reelegeria se o pleito fosse dentro de um mês? Dificilmente.

A pergunta é absurda, pois faltam três anos e meio para a eleição, mas ela tem sido feita em relação ao plano federal.

A questão verdadeira é outra: o que vai fazer o governo gaúcho para sair do atoleiro? Qual a saída? Que coelho tirar da cartola? Vender patrimônio resolve? Não seria financiar o jantar com a venda do fogão, da louça, da mesa e até da cama?

Tarso Genro tinha uma receita: conseguir novos empréstimos. É possível?

O que é mais importante: endividar mais o Estado ou diminuir as dívidas às custas dos serviços e do atraso dos salários?

A resposta depende das possibilidades concretas, das ideologias e das intenções de cada agente político.

Há quem garante que o governo quer aumentar a crise para poder privatizar à vontade.

E há quem sustente que a única saída é diminuir a folha de pagamento. Como? Virá um PDV por aí?

Todo mundo quer serviços melhores, impostos iguais ou menores e que a folha de pagamento não consuma todo o dinheiro.

É a quadratura do círculo.

Quem será capaz de resolver essa equação?

Cada vez mais se ouve falar em greve geral do funcionalismo público gaúcho.

O Rio Grande do Sul está em pé de guerra.

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