O rolo e a enrolation da Andrade Gutierrez com o Inter

O rolo e a enrolation da Andrade Gutierrez com o Inter

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A Andrade Gutierrez veio a público tentar explicar a sua enrolação com o Inter.

Botou no cóccix do Banrisul.

Acontece que essas empresas privadas grandonas só trabalham com dinheiro público a juro barato.

É o capitalismo do Estado mínimo.

Para a turma da coreia.

Mínimo risco para as empreiteiras.

O Inter teve de interromper as obras que tocava por conta própria por não ter como apresentar garantias ao BNDES.

O cartel CBF-FIFA impôs-lhe a AG.

Fazia parte do acordão entre as donas da bola e as empreiteiras para faturar muito no Brasil enfeitiçado pela Copa.

A AG chegou botando banca.

Com ela, os cofres públicos estariam abertos em poucos minutos.

Pretendia pegar a grana no carteiraço.

Barbadinha.

Só que o dinheiro do BNDES precisa chegar-lhe às mãos via Banrisul.

E o Banrisul não viu ainda qualquer garantia consistente apresentada pela turma da AG.

É só pressão, chantagem emocional, "olha, o tempo está passando...", "A Fifa está cobrando", "A Arena do Grêmio..."

Quanto mais a Arena do Grêmio avança (outro negócio bom mesmo é para a empreiteira que o papou), mais o Inter se assusta.

Há muito devia ter mandado a AG catar coquinhos.

Vai se entufar para receber três joguinhos do tipo Japão x Irlanda.

A Copa do Mundo está enloquecendo todo mundo no Brasil.

Parece a salvação da lavoura.

Não mudará nada na vida de qualquer mortal.

Se eu fosse presidente do Inter dava cartão vermelho para a AG sem dó nem piedade.

Chutava o traseiro.

Que bonito reformar a casa repassando dinheiro público para uma empresa parasita.

A rivalidade Gre-Nal produz muito coisa boa e muita bobagem.

Por causa dela, para tocar uma boa flauta, Grêmio e Inter estão dispostos a praticamente tudo.

O único clube que teve  aquilo roxo no Brasil foi o São Paulo.

Disse não aos que pretendiam tomar-lhe o Morumbi.

É certo que muita gente gostou disso, pois abriu caminho para um negócio mais rentável, a construção do Itaquerão, um presente ao Corinthians, clube do coração do ex-presidente Lula, da CBF, da Globo e de muito manda-chuva nacional.

O Banrisul tem toda razão em pedir garantias reais. Ou tomará calote.

Quem vai pagar a conta?

Todos nós: colorados e gremistas.

Quanto a isso, não tem separação nem rivalidade.

De fato, o Brasil é o país do futebol.

O país onde estádio de futebol é prioridade em relação a hospital.

A AG precisa de tratamento com óleo de peroba.

Dá-lhe, Banrisul!

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