Ontologia

Ontologia

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Só posso imaginar a morte

Como a solidão eterna

E é isso que me assusta,

Esse silêncio absoluto,

Essas pegadas de gaivota

Num tempo resoluto

Da poeira universal

Nuvem que não se move

Voz que jamais ecoa

Alma que nunca voa

Para abrir a porta

Estar só para sempre

Na imobilidade do ser

Sem poder esquecer

De si mesmo e da sorte

Haverá maior sofrimento?

(Ou será apenas esquecimento)

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Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895