Os empresários e a crise dos ônibus em Porto Alegre

Os empresários e a crise dos ônibus em Porto Alegre

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A crise dos ônibus em Porto Alegre tem um único responsável: os empresários que controlam o setor sem licitação, na ilegalidade há 25 anos. Eles deitam, rolam, fazem chover, ter sol, voltar a chover e tudo mais.

Os donos de ônibus pagam mal os seus funcionários (o vereador Paulinho Motorista disse hoje no Esfera Pública que tirava menos de mil reais líquidos por mês), abocanham taxas de lucros acima do estabelecido legalmente, que deveriam ser chamadas apenas de taxas de administração, pois não há concorrência nem risco, e só aceitam dar aumento aos rodoviários sem tiverem certeza do aumento das tarifas. É a lógica do repasse.

Do bolso deles é que nada sai.

Querem ter a certeza do mandar a conta para o usuário.

O serviço prestado é ruim.

A greve dos rodoviários é justa, mas se volta contra eles e a favor dos patrões, que jogam seus funcionários contra a população. Na lógica simplista, os rodoviários devem voltar ao trabalho para não prejudicar os usuários. O pobrezinho do patrão que oferece lata velha sem ar-condicionado, comemora. A pressão sobre eles é mínima. Coitadinhos.

A decisão do juiz Carlos Roberto Lofego Caníbal, da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), determinando que a Prefeitura de Porto Alegre publique edital de licitação para o transporte coletivo em 30 dias , é revolucionária. Será cumprida? Ignorada?

Licitação, já!

Que se cumpra a lei.

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