Pensamentos de um certo Ivan Illich

Pensamentos de um certo Ivan Illich

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Edgar Morin, em "Meus filósofos" (Sulina, 2013), escreve: "Jamais tivemos consciência da amplitude da mensagem que Ivan Illich nos dirigiu desde o início dos anos 1970, sem dúvida pelo fato de que essa mensagem dizia respeito às bases de nossa própria civilização. Essa mensagem foi formulada no exato momento em que surgia, vinda da Califórnia, a consciência ecológica, que é outra mensagem importante desses anos".

Alguns exemplos "wikipedianos" do pensamento de Illich:

"Não há movimento de verdadeira libertação que não reconheça a necessidade de adotar uma tecnologia de baixo consumo energético."

"Diga-me a que velocidade se move e te direi quem és? Se não pode contar com seus próprios pés para se locomover, é um marginal, porque o veículo se converteu em símbolo da segmentação social e em condição para a participação da vida social. Ao conseguir propiciar aos motoristas a quebra de uma nova barreira de velocidade a indústria do transporte está patrocinando, inevitavelmente, novos privilégios para uma minoria e agonia para a maioria."

"Chegou a hora de tirar das mãos do médico a seringa, como se tirou a pena das dos escritores durante a Reforma. A maioria das doenças que temos hoje em dia podem ser diagnosticadas e tratadas por pessoas comuns. Para a maioria essa declaração é muito difícil de ser aceita, porque a complexidade do ritual médico lhes ocultou a simplicidade de seus próprios instrumentos básicos..."

"A escola parece estar destinada a ser a igreja universal de nossa cultura em decadência..."

"A escola é um rito iniciático que introduz o neófito à carreira sagrada do consumo progressivo..."

 

 

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