Piso é no Tumelero. Teto é nos Três Poderes

Piso é no Tumelero. Teto é nos Três Poderes

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O governador José Ivo Sartori e sua equipe adotaram uma estratégia: espalhar que o RS está totalmente quebrado.

Foram tão eficientes nessa tarefa que ficaram na obrigação de adotar medidas drásticas para conter despesas.

A primeira medida foi um decreto proibindo gastar.

Sartori fez uma piada durante a campanha, sobre o piso do magistério, que lhe valeu muitas dores de cabeça.

Disse, como todo mundo sabe, isto: "Piso é no Tumelero".

Esperava-se que fosse coerente e vetasse o pacote de bondades para ele mesmo, seu vice, secretários, deputados, etc.

Afinal, quem está entregando pacotes de maldades, descumprindo a lei não pagando o piso do magistério e anunciando outros cortes na carne alheia, deve tomar o cuidado de não se presentear com pacotes de bondades.

Mas Sartori não teve esse desprendimento.

Foi na base do "meu pirão primeiro".

Nunca deu uma declaração contra a aposentadoria especial para deputados.

Agora, na primeira missão difícil, assinou um presentão para quem manda.

O governador Sartori pode mais.

O TJ/RS deu liminar favorável ao pagamento de auxílio-moradia aos procuradores.

Isso aconteceu no último dia para o fechamento da folha de janeiro do MP.

Especialistas consideram que essa decisão só caberia ao STF.

Na página da Associação do Ministério Público lê-se: "Mantida essa decisão, a folha do mês de janeiro estará sendo rodada com o pagamento do reajuste do subsídio e com o auxílio-moradia".

Decidiu, pagou na hora.

E o piso do magistério?

Fica assim: piso é no Tumelero. Teto é no Piratini. Nos Três Poderes.

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