Por que o Real ganhou?

Por que o Real ganhou?

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O Real Madrid é uma seleção transnacional.

Puro poder do dinheiro.

É tecnicamente superior ao Grêmio. Tinha obrigação de golear.

Os europeus vivem de jogadores sul-americanos e africanos.

Para se sentirem virtuosos em alguma coisa inventaram que são gênios em tática.

Conversa fiada.

O Real nada mostrou de taticamente inovador contra o Grêmio.

Tudo o que fez foi baseado na superioridade técnica.

Tocou muito e mostrou pouca eficiência para fazer gol.

Não furou o gol do Grêmio com bola rolando nenhuma vez.

É o nosso complexo de vira-latas que se deslumbra com as invenções europeias.

Atacam muito, marcam mal e vivem de goleadas incoerentes. Faz quatro em casa e toma cinco fora.

No futebol globalizado, dão espetáculo com muito chapéu alheio.

Falta equilíbrio.

Jogador brasileiro também sabe bater de três dedos.

Cada país europeu tem um Gauchão com grife. Na Espanha, Real e Barcelona, tendo Atlético como coadjuvante, goleiam os Granada da vida e inflam estatísticas de fenômenos. Cada jogo, CR7 mete três, quatro, cinco. Por que não fez isso com o Grêmio? O deslumbrado diz:

– Porque não forçou.

A realidade mostra: não conseguiu.

Eu não tenho dúvida de que Renato jogou mais do que Cristiano Ronaldo.

Ou o mesmo. Por que não?

O deslumbrado exclama: que absurdo!

Acha que é natural considerar Cristiano Ronaldo superior.

Por que seria? Pelos números? Neste caso, muito craque perderia para perna de pau.

Aliás, contra o Grêmio o português não jogou nadinha.

A defesa do Grêmio é muito superior a do Real.

O meio-campo é inferior.

O ataque sucumbiu.

Faltou coragem, ousadia e um pouco de loucura.

Quando Renato chamou Jael, o torcedor do Grêmio exclamou:

– Agora vai!

Eu vivi para ver isso.

O professor Portaluppi só perdeu para os bilhões do time de Zidane.

Foi um resultado justo e digno.

Parabéns ao vice-campeão do mundo.

 

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