PP debocha do Brasil

PP debocha do Brasil

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O Brasil gosta de frases pomposas: vamos passar o país a limpo.

O Brasil não se importa com firulas jurídicas.

O juiz Sérgio Moro se permite conduzir coercitivamente sem ter intimado antes. E divulga grampos que mandou parar de fazer envolvendo a presidente da República. Grampos, em boa parte, com conteúdos sem indício do crime, embora indecentes, que deveriam ter sido invalidados.

O Brasil não tem limites. O ministro Gilmar Mendes é chamado de líder da oposição no STF.

Invade a competência de colegas. Despacha ação de autoria de uma funcionária em favor de partidos, que não poderiam usar mandado de segurança como instrumento de demanda dos seus interesses.

O Brasil vai à guerra sem regras.

O Partido Progressista, pilar da ditadura militar que soterrou todos os escândalos da corrupção com a força da censura, indicou para a comissão do impeachment, que vai se pronunciar sobre corrupção no governo, Paulo Maluf, a figura considerada como símbolo da corrupção no país, o homem que teria enriquecido no regime militar. Só pode ser um deboche, uma piada, uma vingança contra os petistas.

Maluf está condenado na França. Se botar o pé fora do país, vai em cana.

Em casa, será juiz da corrupção alheia.

Piada sob encomenda.

A guerra ideológica atinge o seu auge.

A oposição estimulou o ódio e espera colher a reconciliação.

A situação cultivou ilícitos e sonha em colher perdão.

Campeão de envolvidos na Lava Jato, o PP se permite participar da comissão como Maluf.

É como ter Al Capone no júri dos seus inimigos.

Agora vai!

 

 

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